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Verão, Café e Paixão

Verão, Café e Paixão

Depois de uma longa viagem, seja bem-vindo à Estação Verão. Nove meses de gestação e, enfim nasce o sol como jamais outrora brilhou. Pode guardar os casacos e cachecóis, apagar a lareira e enrolar o edredom!
E o café quentinho? Esse você deixa bem à vista.

Apesar do calor do verão que aquece nosso corpo, é muito saudável que mantenhamos nosso coração aquecido, e cá entre nós, qual bebida mais incita a alma e aquece um coração gelado, senão o nosso adorável café?
O café, desde sua chegada ao Brasil e até a atualidade, sempre foi um poderoso cupido, causador de romances, secretos, ou não.

Vamos lembrar um pouco da história...

Em 1727, o então Governador do estado do Maranhão e Grão-Pará, João da Maia da Gama, sabendo da existência de tais grãos em território vizinho, convocou um de seus homens, o renomado sargento-mor Francisco de Mello Palheta, para que fizesse uma visita à Guiana Francesa, a fim de vistoriar as fronteiras territoriais. Entretanto o maior objetivo era mesmo trazer uma muda da planta ao Brasil, a qualquer preço.
Pois bem, conta a estória que, o tal sargento-mor Mello Palheta teve um relacionamento um tanto além de oficial com a mulher do Governador da Guiana Francesa, a Madame d’Orvilliers, a qual em sua despedida, presenteou-o secretamente com uma muda de café.

Por esse motivo, o café é considerado fruto – nos dois sentidos da palavra, de uma paixão. Com fatos lendários ou não, uma bela estória a se contar.
E parece que, a paixão trazida nessa muda, foi plantada em nossas terras e vem sendo colhida em cada nova safra dos cafés brasileiros.

Então, aproveite esse verão para aquecer seu coração, convide alguém para beber um café, sentado sob um ombrelone, aqui ou à beira-mar. Peça ao barista para desenhar um coração na xícara, com a latte art, ou quem sabe um frozen coffee.
E assim, bebendo e trocando olhares, delicie cada gole, tal qual um beijo!

Por Carlos Eduardo da Costa

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